Israel se detém em Sitim

Israel se detém em Sitim (Nm 25.1-18)

 Autor Presbítero e professor Jânio Santos de Oliveira

APOSTASIA E PROSTITUIÇÃO

Cada palavra tem sua sinonímia respectiva, visto que ela pode ser derivada do latim, do grego, do francês e de outras línguas. O que seria apostasia? Vem do grego – apostasía cujo significado representa a separação ou deserção do corpo constituído - de uma instituição, de um partido, de uma corporação ao qual se pertencia. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã e abandono do estado religioso ou sacerdotal. Sempre quando alguém fala na Bíblia lembramo-nos das notoriedades contidas no Antigo Testamento, que em nossa opinião jamais teria se juntado ao Novo Testamento. Logo vem a idéia da prática da prostituição e da apostasia pelos israelitas.

 Muitas pessoas criticam certas atitudes dos seres humanos nos dias atuais, mas não se lembram de ver que a Bíblia está recheada destes acontecimentos, como também de belos ensinamentos, isto ninguém pode negar. Em números 25, todos podem ver e ler o que está escrito. “E Israel deteve-se em Sitim, e o povo começou a se prostituir com as filhas dos moabitas. Participaram de sacrifícios aos deuses locais. O povo comeu e se inclinou aos seus deuses.

1 - E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.

25.1-3 Com medo de atacar a imensa multidão de israelitas (22.3) e não ter de neutralizá-las através de através de Balaão, o moabitas e midianitas (a Balaão instigação, 31.16), em seguida, procurou a subverter e assimilar Israel através de idolatria e imoralidade. Quando o mundo não pode eliminar o testemunho dos eleitos através de conflito direto, muitas vezes, tenta neutralizar essa testemunha, absorvendo os eleitos em todo o mundo. Velho Testamento Israel era para sobreviver em uma separação física de seus vizinhos (Levítico 18.24; Deut. 7:3; Josh. 23.12, 13), confiando nas promessas de Deus da terra e do Messias. Este incidente no Baal-Peor mais tarde foi visto como um exemplo das tentações a que o povo do convênio foram expostos pelos povos vizinhos (Dt. 43; Js 22.17; Sl106.28; Js. 9 . 10).

25.1 Acacia Grove. Esta palavra hebraica nota de texto () indica a região além do Jordão, de Jericó ( Js 21). Aqui o culto do deus da fertilidade local foi juntado com a prostituição ritual (vv. 1-3, 6).

1. Israel ficou em Sitim um prado verdejante, chamados a partir de um bosque de árvores de acácia que se alinhavam ao lado oriental do Jordão. (Nm 33.49).

1. Sitim - E esta era a sua última estação, de onde eles passaram imediatamente em Canaã. Este é apontado como um grande agravamento do seu pecado, que cometeu, quando Deus estava para colocá-los na posse de suas terras há muito esperado. As pessoas - muitas delas. Prostituição - seja porque eles se se prostituem a eles a condição de adorar o seu Deus: ou porque o seu deus imundo era adorado por tais atos imundos, como Priapo e Vênus eram. As filhas de Moabe - E de Midiã também, para ambos os povos que estão sendo confederadas neste projeto perverso, um é colocado para o outro, e as filhas dos moabitas, pode ser nomeado, ou porque começou a transgressão, ou porque foram as pessoas chefe, possivelmente, as relações ou os cortesãos de Balaque.

2 - Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.

2. Eles - os moabitas, sendo agora os vizinhos a Israel, e encontrar-se incapazes de proceder à sua concepção da guerra e feitiçaria, caiu outra forma de trabalho, através da contratação familiaridade com eles, e, percebendo suas más inclinações, eles, isto é, suas filhas , convidou-os. Aos sacrifícios - Unto as festas que eram feitas de suas partes dos sacrifícios, segundo o costume dos judeus e gentios, também, a participação do qual, foi contada uma participação no culto do que Deus, a quem os sacrifícios eram oferecidos. Dos seus deuses - de seu deus, Baal-Peor, o Elohim plural sendo usado aqui, como geralmente é, por um Deus.

3 - Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel.

25:3 se juntou a Baal-Peor. Em desafio bruto da aliança entre o Senhor e Israel, os israelitas se unido ao deus falso através de suas adorações idólatra.

3. Israel juntou-se até  Baal-Peor Baal era um nome genérico para" senhor ", e para um monte Peor" em Moab. O verdadeiro nome do ídolo era Quemos, e seus ritos de adoração foram comemorados pela grosseira obscenidade. Em participar neste festival, então, os israelitas cometeram o crime duplo de idolatria e licenciosidade.

3. Registrado em si mesmo - A palavra implica um abandono de Deus a quem eles se juntaram e voltando-se para, e juntamente com estrita, este Deus falso. Baal-Peor - chamado Baal, pelo nome comum a muitos falsos deuses, e especialmente para aqueles que representaram um dos corpos celestes, e Peor, a partir do monte Peor, onde era adorado,  em vez de um verbo que significa abrir e descobrir, por causa da postura obscena em que o ídolo foi definido, como Priapo era: ou por causa da imundície que foi exercido em sua adoração.

4 - Disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os ao SENHOR diante do sol, e o ardor da ira do SENHOR se retirará de Israel.

25.4 travar os infratores.  D t 21.22.

4. O Senhor disse a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca os criminosos israelitas, que estavam  ali foram punido, pela primeira vez apedrejado ou morto, e, em seguida, enforcados. As pessoas daqui mandou para a execução foram os delinqüentes principal do Baal ultraje-Peor "os oficiais subordinados, chefes de dezenas ou centenas

4. Toma todos os cabeças - Tome-se, isto é, apreender, todas as cabeças, ou seja, o chefe do povo, como foram os primeiros nesta transgressão, e no lugar e poder, que são apontados para esta punição exemplar .

5 - Então Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os seus homens que se juntaram a Baal-Peor.

5. Juízes de Israel os setenta anciãos, que não eram comandados apenas para supervisionar a execução dentro de suas respectivas jurisdições, mas para infligir o castigo com as próprias mãos. ( 1 Sm 15.33).

6 , 7. Eis que um dos filhos de Israel | interposto | a midianita Este ato criminoso provavelmente ocorreu por volta do momento em que a ordem foi dada e antes da sua execução.

que estavam chorando à porta da tenda Alguns dos governantes e pessoas de boa vontade foram lamentando a terrível maldade das pessoas e suplicando a misericórdia de Deus para evitar decisões iminentes.

5. Cada um os seus homens - aqueles sob sua responsabilidade, para que estes setenta foram escolhidos para ajudar Moisés no governo, então, sem dúvida, o cuidado e a gestão das pessoas foram distribuídos entre eles em proporções justas e iguais.

6 - E eis que veio um homem dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita, à vista de Moisés, e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, chorando eles diante da tenda da congregação.

6. Um veio - Isso foi feito, quando Moisés tinha dado a cobrar aos juízes, e, como pode parecer, antes da execução do mesmo, caso contrário é provável que ele não tivesse sido tão tolo de ter corrido a uma ruína certa, quando os exemplos foram freqüentes diante de seus olhos. Para seus irmãos - no acampamento dos israelitas. Na visão de Moisés - Um argumento de descaramento intolerável e desprezo de Deus e de Moisés. Chorando - lamentando a maldade das pessoas, e os juízos de Deus terrível, e implorando a misericórdia dos deuses e favor.

7 - Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, se levantou do meio da congregação, e tomou uma lança na sua mão;

8 - E foi após o homem israelita até à tenda, e os atravessou a ambos, ao homem israelita e à mulher, pelo ventre; então a praga cessou de sobre os filhos de Israel.

8. a praga alguns mortalidade súbita e generalizada.

8.  Finéias era um homem de grande autoridade, e fez isso depois da ordem dada por Moisés aos governantes para matar esses transgressores, e muito na vista, e sem dúvida com o consentimento do próprio Moisés, e também pela orientação especial do Espírito de Deus.

9 - E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.

9. Aqueles que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil Apenas vinte e três mil morreram (1 Coríntios 10:8) de peste. Moises inclui aqueles que morreram pela execução dos juízes [Nu 25:5].

11-13. Finéias | desviou a minha ira Essa garantia foi uma marca de sinal de honra que a mancha de sangue, em vez de profanação, confirmou-o no cargo e que sua posteridade deve continuar enquanto a existência nacional de Israel.

9. Vinte e quatro mil - diz  Paulo vinte e três mil, 1 Coríntios. 10. 8. O estranho aqui acrescentado mil foram mortos pelos juízes de acordo com a ordem de Moisés, o resto na mão de Deus imediata, mas ambos os tipos morreu de peste, a palavra a ser usada, como muitas vezes é, para a espada, ou a mão , ou o curso de Deus.

10 - Então o SENHOR falou a Moisés, dizendo:

11 - Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles; de modo que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.

(25.11) zeloso com o meu zelo. Nota do estresse sobre Finéias, como incorporando zelo de Deus pela pureza de seu povo. Tal zelo ganhou Finéias louvor divino e a promessa de um sacerdócio perpétuo (v. 13). Mais tarde na história judaica, Finéias se tornou um símbolo de intransigência na lealdade à lei de Deus (Sl 106.30, 31).

12 - Portanto dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz;

12. Minha aliança de paz - Ou seja, a aliança do sacerdócio perpétuo, como se expôs, ver. 13, que é chamado de um pacto de paz, em parte, com relação ao efeito feliz desta ação heróica do seu, onde ele fez a paz entre Deus e seu povo, e em parte no que diz respeito ao fim principal do ofício sacerdotal, que era constantemente fazer como fez agora Finéias, mesmo a meditar entre Deus e os homens, para obter e preservar a sua própria e paz de Israel e da reconciliação com Deus, oferecendo sacrifícios e incenso e orações, a Deus em seu nome, como também rodando los da iniqüidade, que é o único quebra-paz, e através do ensino e pressionando a observação do direito, que é o único elo de sua paz.

13 - E ele, e a sua descendência depois dele, terá a aliança do sacerdócio perpétuo, porquanto teve zelo pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.

13. No sacerdócio eterno - Para continuar enquanto a lei e riqueza comum de judeus fizeram. Mas esta promessa era condicional, e, portanto, podem ser canceladas, pelo aborto dos filhos Finéias, como parece que era, e então uma promessa como foi feita a Eli da linha de Itamar, que ele e seus deve caminhar diante do Senhor, ou seja, no escritório do sumo sacerdote para sempre, que também para ele e seus pecados foi anulada, 1 Sam. ii, 30. E o sacerdócio retornou à linha Finéias no tempo de Salomão, 1 Reis II, 26, 27, 34.

14 - E o nome do israelita, que foi morto com a midianita, era Zimri, filho de Salu, príncipe da casa paterna dos simeonitas.

14. Zinri, | a | príncipe entre os simeonitas O abate de um homem de alto escalão como é mencionado como uma prova do zelo de Finéias destemido, pois não pode ser vingadores numerosos do seu sangue.

15 - E o nome da mulher midianita morta era Cosbi, filha de Zur, cabeça do povo da casa paterna entre os midianitas.

16 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:

17 - Afligireis os midianitas e os ferireis, os midianitas e feri-los Eles parecem ter sido os partidos mais culpado. (Compare 22.4 Nm; 31.8).

17. Os midianitas - E por que não os moabitas. É provável que os midianitas eram mais culpados, como convencer a enviar para Balaque a Balaão, cap. 22. 4, 7. Assim, na recepção de Balaão após Balaque havia demitido, e mais consultas com ele, e inventando os meios para a execução desse plano maligno.

18 - Porque eles vos afligiram a vós com os seus enganos com que vos enganaram no caso de Peor, e no caso de Cosbi, filha do príncipe dos midianitas, irmã deles, que foi morta no dia da praga no caso de Peor.

18. Eles vos afligiram a vós com os seus ardis Em vez de guerra aberta, eles tramam formas insidiosas de realizar a sua ruína pela idolatria e a corrupção. sua irmã sua conterrânea.

18. Com seus ardis - Para sob o pretexto de parentesco e amizade e ligas, que ofereceram a eles, ao invés dessa guerra que os israelitas esperado, eles buscavam apenas uma oportunidade para insinuar-se em seu conhecimento, e executar seu plano infernal de trazer a maldição sobre os israelitas, que tinham tentado em vão trazer outra

Baal é o supremo deus dos cananeus, que habitavam em Canaã antes de Israel. Quando Jeová chamou Abraão e lhe fez a primeira promessa, o tirou de Harã e o levou à terra da promessa, isto é, Canaã. Ao chegar lá, Abraão viu a terra e Jeová lhe disse: “À tua semente darei esta terra.” E o texto diz: “E estavam os cananeus na terra” (Gn. 12:1-7). Quem eram os cananeus? Eram os descendentes de Cão, o filho que viu a nudez de seu pai Noé, que lançou uma maldição sobre Canaã, filho de Cão e  portanto seu neto. A maldição lançada por Noé foi tão grande, que os cananeus, descendentes de Cão, foram todos sodomitas. “E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra e Admá e Zeboim, até Lasa. Estes são os filhos de Cão, segundo as suas famílias” (Gn. 10.19-20; 9.20-25).

            

Sendo os cananeus sodomitas e sendo Baal o seu grande deus, os cultos à Baal eram impudicos e anormais. Leiamos o profeta Jeremias: “Porque segundo o número das ruas de Jerusalém, levantaram altares à impudência, altares para queimares incenso a Baal” (Jr. 11.13). Esses cultos impudicos eram praticados nos terraços das casas de Jerusalém e Jeová trouxe Nabucodonozor para destruir a fogo a cidade santa. Jeremias prediz: “E os caldeus, que pelejam contra esta cidade, entrarão nela e porão fogo a esta cidade, e queimarão as casas sobre cujos terraços queimaram incenso a Baal” (Jr. 32.29).

            Pois bem, os moabitas, descendentes de Ló, eram adoradores de Baal. Moabe, filho da primogênita de Ló, nasceu de um incesto, coisa comum em Sodoma, onde habitou Ló (Gn. 19.31-38). Os cultos dos moabitas, em homenagem a Baal eram feitos nos moldes de Sodoma, donde saiu sua mãe.

            Balaque, rei dos moabitas, os descendentes de Ló, temeu Israel ao tomar conhecimento das vitórias sobre os amorreus e chamou o feiticeiro Balaão para amaldiçoar Israel, para assim poder vencê-los. Enviou mensageiros a Balaão, que lhe disseram: “Vem pois agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; para ver se o poderei ferir” (Nm. 22:6). Balaão era servo de Jeová e tinha o poder de abençoar ou amaldiçoar e pediu que os mensageiros esperassem, pois ia consultar a Jeová (Nm. 22.6-8). Jeová deu ordem a Balaão para não amaldiçoar a Israel (Nm. 22.12). Balaque, tendo notícia de que Balaão se negou a amaldiçoar a Israel, enviou príncipes com promessas de honrarias. Balaão, pela segunda vez respondeu, dizendo: “Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, eu não poderia traspassar o mandado de Jeová, meu Deus” (Nm. 22.18). Balaão era realmente servo de Jeová e obediente. 

Mas pela segunda vez consultou o seu deus Jeová, que lhe disse: “Se aqueles homens vierem te chamar, levanta-te, vai com eles, todavia farás o que eu te disser” (Nm. 22.20). Balaão foi com eles, e abençoou a Israel em vez de amaldiçoar, conforme o que Jeová lhe falou (Nm. 23:5-10). Balaque se irritou com isso, e Balaão lhe disse: “Eu só falo o que Jeová põe na minha boca” (Nm. 23.11-12). Diante da insistência de Balaque, Jeová mandou por Balaão outro recado. Balaão disse: “Eu recebi ordem de abençoar, pois Jeová tem abençoado e eu não posso revogar. Contra Jacó não vale encantamento” (Nm. 23.18-23).

            

Pela terceira vez Balaque tenta incitar Balaão a amaldiçoar a Israel. Então o espírito de Jeová se apoderou de Balaão e este profetizou a bênção (Nm. 24:1-9). Balaque se encheu de ira e disse: “Sai da minha presença.” Vendo Balaão que Balaque se tornou seu inimigo, lhe sussurrou aos ouvidos: Se você, ó rei, fizer os filhos de Israel, participar de um culto impudico à Baal,  a maldição de Jeová cairá sobre eles, e tu os vencerás. Isto não está na Escritura, mas Moisés disse: “Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra Jeová em Peor”(Nm. 31.16). No Apocalipse lemos que o conselho foi prostituição (Ap. 2.14).

BALAÃO É MORTO

E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
"Vinga os filhos de Israel do mal que lhes fizeram os midianitas; depois disso serás reunido aos teus antepassados."
Moisés disse então ao povo: "Armem-se para a guerra alguns homens dentre vós: eles atacarão Midiã, para executarem sobre ele a vingança do Senhor.
Poreis em linha de combate mil homens de cada uma das tribos de Israel."
Desse modo, forneceram para a guerra doze mil homens, mil de cada uma das tribos de Israel.
E Moisés os mandou à guerra, de cada tribo mil, a eles e a Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, à guerra com os utensílios santos e com as trombetas do alarido na mão.
Atacaram os midianitas, como o Senhor tinha ordenado a Moisés, e mataram todos os varões.
Mataram também todos os reis de Midiã: Evi, Recém, Sur, Hur e Rebe, cinco reis de Madiã, e passaram ao fio da espada Balaão, filho de Beor.
Levaram prisioneiras as mulheres dos midianitas com seus filhos, e pilharam todo o seu gado, seus rebanhos e todos os seus bens.
Incendiaram todas as cidades que habitavam e todos os seus acampamentos.
Levaram consigo todo o espólio e todos os despojos, animais e pessoas,
e conduziram-nos a Moisés, ao sacerdote Eleazar e à assembléia dos israelitas no acampamento que se encontrava nas planícies de Moabe, perto do Jordão, em face de Jericó.
Moisés, o sacerdote Eleazar e todos os chefes da assembléia saíram-lhes ao encontro fora do acampamento.
E indignou-se Moisés grandemente contra os oficiais do exército, capitães dos milhares e capitães das centenas, que vinham do serviço daquela guerra.
E Moisés disse-lhes: "Deixastes viver todas as mulheres?
Não são elas que, por sugestão de Balaão, seduziram os filhos de Israel e vos fizeram prevaricar contra o Senhor com o pecado de Fegor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do Senhor.
Agora, pois, matai todo varão entre as crianças; e matai toda mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele;
Mas reservai para vós as donzelas e todas as mulheres virgens."

(Nm 31.1-18)

Veja a recomendação de Jesus à Igreja  de Pérgamo sobre o perigo da doutrina de Balaão:
Ao anjo da igreja de Pérgamo, escreve: "Eis o que diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes.
Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, foi martirizado entre vós, onde Satanás habita.
Mas tenho contra ti algumas coisas: Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinava Balaque a colocar tropeço diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.
Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe."

Judas usa a expressão "foram levados pelo engano do prêmio de Balaão", e Jesus diz a Igreja de Pérgamo que ele "ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem". Mas ambos estão se referindo a uma só coisa, a profetas que recebem prêmio, recebem pagas ou salário para profetizarem, e com isto, lança tropeço aos filhos de Deus; isto para que se prostituam com outras mulheres, que não a virgem pura, mas as meretrizes da terra (Apoc. 17.5).

Não veio sobre vós tentação, senão humana...". (I Co 10.13.)

Em tudo o cristão é tentado. Ele é tentado a se envolver com as seduções das riquezas, com as coisas dessa vida e não dar fruto com perfeição: "E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição" Lucas 8.14. Casar-se com os infiéis, ou fazer uma sociedade com os ímpios, e envolver-se com partidos e política: "E o SENHOR teu Deus as tiver dado diante de ti, para os ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria" Dt 7.2-4.

Somos tentados também a buscar as coisas espirituais fora da Pessoa de Cristo. Somos constantemente tentados a buscar conhecimento na Palavra, dons, ou mesmo crescimento espiritual nos homens intitulados pastores, nas igrejas denominacionais, nas obras e não nAquele em quem estão escondidos todos os tesouros: "Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" Cl 2.3.

Somos também tentados a murmurar quando não recebemos aquilo que desejamos, sendo que morremos para nós, para vivermos somente para Deus; Aquele que não nos deixa e não nos desampara: "Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos" Rm 14.8-9.

Há muitas outras tentações, e todas elas são para tirarmos os olhos de Jesus (Hb 12.2). 

Todas essas tentações são senão humana, mas fiel é Deus, que não nos deixará ser tentados acima do que podemos suportar, antes com a tentação dará também o escape, para que a possamos suportar (I Co 10.13). Cristo que está em nós é o caminho (Jo14.6), e os caminhantes nEle não errarão: "E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão" Isaías 35.8. Esse caminho e esse escape é Cristo em nós, que nos faz atentar quando tiramos os nossos olhos dEle e olhamos para a esquerda ou para a direita: "E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda" Is30.21.

A tentação é o desejo humano, mas o querer e o efetuar a vontade de Deus é da Pessoa de Cristo que vive em nós: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis" Gl5.16-17. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" Filipenses 2.13.

Jesus é o nosso Salvador; um Salvador bem presente, que opera em nós o que perante Deus é agradável, e nos livra de toda a tentação: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" Hebreus 4.15. "Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual 

seja glória para todo o sempre" Hebreus 13.21.

Se você crê que morreu com Cristo, que está crucificado com Ele, então você não vive mais, mas Cristo é quem vive em você (Gálatas 2.20).

 Agora, Jesus nos livra de tropeçar e nos apresenta ante a glória de Deus, santos e imaculado: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém" Judas 1.24-25.

Portanto, toda tentação é senão humana, mas fiel é Deus, que não deixará que sejamos tentados acima do que podemos suportar, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. Tudo isto lhes aconteceu como exemplos, e estas coisas estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Amém.